segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A temível prisão de ventre.

De vez em quando as mulheres passam por crises de mau humor, sentem desânimo, desconforto, uma sensação de peso no corpo e uma senhora irritação. E aí se olha no espelho e vê que a pele também não anda lá grandes coisas. Cansada, resolve comer alguma coisa para se animar e percebe que ficou toda estufada. Será que é apenas um péssimo dia? Nada disso.



Preocupada, você pára pra pensar quando foi a última vez em que foi ao banheiro e, de repente, se lembra: opa, o intestino está preso! Pois é, prisão de ventre também pode causar uma série de efeitos sobre o corpo, acabando com a nossa alegria. Ah, mas engana-se quem pensa que a saída está nos laxantes e purgantes: uma boa solução pode ser a colonterapia, uma técnica de limpeza intestinal, que não só acaba com o acúmulo de fezes, mas também faz uma verdadeira reorganização da função intestinal.



O intestino grosso, ou melhor, o cólon, é a última parte do aparelho digestivo. Mas não é só da eliminação de fezes que ele é encarregado. Há outras funções extremamente importantes, como reabsorção de água e a contribuição com as defesas do organismo feminino. A propósito, você sabia que 80% do nosso potencial imunológico estão concentrados no intestino? E os lactobacilos que vivem no cólon também trabalham bastante, destruindo micróbios e bactérias, fazendo síntese de vitaminas e realizando a digestão de fibras vegetais.



Outra curiosidade é que a expressão "enfezada", que é usada para se referir a uma mulher com mau humor, vem exatamente desse problema. Retendo fezes, nossa animação vai toda para o espaço.



Qual a relação entre o cólon e o mau humor, já que as mulheres ficam quase querendo chutar as pessoas na rua quando estão com prisão de ventre? Simples: o intestino fabrica diversas enzimas, hormônios e neurotransmissores, entre eles a serotonina, responsável pela sensação de bem-estar. Quando essa produção cai, por irregularidades na função intestinal, leva junto o nosso pique.



Causas



A prisão de ventre ocorre por diversos fatores, entre eles a alimentação desregrada, com pouca ingestão de fibras, e o stress. Comer porcaria e exagerar em alimentos refinados – como açúcar e farinha de trigo -, frituras e carne vermelha é tiro certo para acabar com os lactobacilos, que lutam o tempo inteiro para equilibrar a flora intestinal. Levar uma vida estressante, então, colabora para aumentar os radicais livres, causando uma oxidação no cólon e abrindo espaço para várias doenças, aumento de peso e até mesmo envelhecimento precoce. Tem também o sedentarismo, que é inimigo de qualquer pessoa que deseje levar uma vida saudável. A malhação ajuda – e muito! – a manter o intestino da mulher funcionando a todo vapor.



Deixar coisas acumulando no intestino é muito mais perigoso para a saúde do que se imagina. Não só por provocar os indiscretos gases, mas também pelo fato de que as toxinas originadas da matéria podre acumulada no intestino podem ir parar no sangue e se alojar em órgãos vizinhos. Daí, surgem diversos problemas de saúde, desde a simples fadiga até celulite, alergias, problemas dermatológicos e alergias.



Elas sofrem mais



E é a mulherada, segundo especialistas, que sofre mais com a prisão de ventre. A começar pela criação recebida desde cedo, que nos mostra que não é nada bonito usar banheiros públicos e, muito menos, deixar cheiros desagradáveis neles.



Os médicos informam que é um problema cultural. Elas acabam segurando a vontade e prendendo ainda mais o intestino. Fora isso, fatores hormonais também colaboram para isso. Na ansiedade da TPM, então, nem se fala! Aquela tristeza dá uma vontade de comer alguma coisa mas calórica, que pode acabar se acumulando no cólon e provocando mais dor de cabeça – ou melhor, de intestino.



Tratamento



Antes de começar, é preciso passar por uma preparação do cólon, com uma dieta de restrição de carnes, farináceas e alimentos à base de leite.



Depois, é hora do tratamento da colonterapia, que é feito com um aparelho ligado em água corrente, que passa por um filtro. Por uma cânula, que é inserida no paciente, passa um litro de água, que vai lavar completamente o cólon, não só amolecendo as fezes, como também arrancando as partes podres que estavam grudadas na parede do órgão. Por outra mangueira, saem os detritos.



Para alcançar o resultado desejado, são feitas de seis a dez sessões na máquina, em dias seguidos ou alternados, de acordo com a disponibilidade do paciente. É um método bem mais higiênico e inodoro, com resultados muito bons. Ao final do tratamento, é feita uma reposição de lactobacilos, para restaurar a flora intestinal.



Entre os benefícios notados após a colonterapia está a perda de peso. Mas nada de pensar que esse é um novo método de emagrecimento! Não é esse o objetivo do tratamento.



Nem todas as pessoas podem fazer a colonterapia. Portadores de doenças e sangramentos intestinais devem evitar o procedimento, enquanto pessoas maiores de 75 anos necessitam de aval médico, porque nem sempre reagem bem à lavagem.



Além do tratamento, mudar a alimentação é fundamental. É melhor evitar alimentos refinados, leite e seus derivados e passar a adotar diariamente produtos integrais e antioxidantes. É importante comer muitas folhas, frutas e verduras. E beber muita água, de dois a quatro litros por dia, para limpar o organismo. Mas será que o resultado é igual para todo mundo? Varia de pessoa para pessoa. Ela sai do tratamento sabendo que precisa se cuidar, cria essa consciência. Com dieta recomendada por uma nutricionista e a adoção de uma atividade física, não tem erro.





Fonte: O LIBERAL – PA

Nenhum comentário:

Postar um comentário